Ao fazermos o mal, fazemos mal, em primeiro lugar, a nós mesmos. Aquilo que resulta desses atos é uma ferida noutras pessoas – se o mal que cometemos foi diretamente contra alguém – e uma outra ferida, que permanece dentro de nós sob várias formas. Esta última é certamente ainda mais dramática do que a primeira. É uma espécie de terrível doença interior.
Existe o remorso. O desconforto de estarmos a sós conosco mesmos. Existe a angústia. E o desejo impossível de esquecermos. Existe a vontade louca de estarmos entretidos, a fuga à solidão e ao silêncio. A tentativa inútil de encontrarmos uma maneira de justificarmos perante nós mesmos os nossos atos. Existe o álcool… e a droga. E o medo. E, algumas vezes, o suicídio. A felicidade deixa de estar presente.
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